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Prêmio Mercosul 2025 abre inscrições até 15 de agosto

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A partir dessa sexta-feira (13), estão abertas as inscrições do Prêmio Mercosul de Ciência e Tecnologia 2025. Podem submeter trabalhos, até 15 de agosto, pesquisadores de Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai nas categorias Iniciação Científica, Estudante Universitário, Jovem Pesquisador, Pesquisador Sênior e Integração (grupos de pesquisa). O tema é “Segurança Alimentar no Contexto das Mudanças Climáticas”.

A premiação é uma iniciativa da Reunião Especializada de Ciência e Tecnologia do Mercosul (RecyT) e dos organismos de ciência e tecnologia dos países-membros. No Brasil, é organizado pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

Da iniciação científica em Minas Gerais ao pós-doc na Suíça

Pedro Henrique Moura Dias Prazeres foi o vencedor em 2024 na categoria Jovem Pesquisador. Dentro do tema “Nanotecnologia e Saúde”, ele inscreveu sua pesquisa sobre o uso de nanopartículas para tratamento do câncer. O cientista estuda moléculas antitumorais desde a graduação.

“Nesse trabalho, desenvolvemos uma plataforma de nanopartículas capaz de entregar DNA e RNA para linfócitos, transformando essas células em agentes imunoterápicos (células CAR T) que reconhecem especificamente proteínas presentes em células tumorais. A partir dessa plataforma, também direcionamos a entrega de RNA para células específicas, chamadas células apresentadoras de antígeno, possibilitando o estudo inicial de uma vacina terapêutica para tumores sólidos”, descreve.

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Hoje ele é pós-doutorando no Ludwig Institute for Cancer Research, em Lausanne, na Suíça. Dias iniciou a carreira como bolsista de Iniciação Científica na UFMG trabalhando com testes de moléculas com potencial antitumoral in vitro. Formou-se em Farmácia pela UFMG e é doutor em Patologia pela mesma instituição. No Departamento de Fisiologia e Biofísica da universidade atuou com o desenvolvimento de nanopartículas, sob supervisão do professor Pedro Guimarães, focando na produção das células CAR T e entrega de DNA e RNA para células imunes.

O resultado no Prêmio Mercosul representa para ele um reconhecimento da qualidade da ciência brasileira.

“Não esperava o resultado, principalmente por saber da enorme concorrência. Ter o trabalho reconhecido foi um grande benefício na minha carreira, principalmente por mostrar a qualidade da ciência feita pelo grupo do professor Pedro, e por todos os pesquisadores brasileiros. Um benefício significativo do Prêmio foi também poder demonstrar a capacidade de comunicar a ciência, que muitas vezes é uma tarefa difícil de fazer de forma acessível”, relata.

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Segurança Alimentar

Dentro do tema Segurança Alimentar no Contexto das Mudanças Climáticas,  podem ser abordadas as seguintes linhas de pesquisa:

1.Resiliência dos Agricultores Familiares e Comunidades Tradicionais às mudanças climáticas

2.Preservação da Biodiversidade Alimentar frente às mudanças climáticas

3.Uso de Tecnologias da Informação incluindo Inteligência Artificial na Agricultura para enfrentamento às mudanças climáticas

4.Monitoramento das Mudanças Climáticas e Transformação das Paisagens

5.Exigibilidade do Direito Humano a Alimentação e Nutrição adequadas de populações vulnerabilizadas pelas mudanças climáticas

6. Estratégias em Segurança Alimentar de Proteção e Defesa aos Desastres Naturais agravados pelas mudanças climáticas.

Acesse o edital com todas as informações em www.premiomercosul.cnpq.br

Fonte: Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação

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Programa Mais Ciência na Escola chega ao sertão pernambucano

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A ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, esteve, nesta sexta-feira (11), em Petrolina, município pernambucano, para lançar o Programa Mais Ciência na Escola no sertão do estado. A iniciativa marca o início da implantação de uma rede de 75 laboratórios mão na massa em escolas públicas na região voltados para o letramento digital, contemplando ainda atividades relacionadas a outras linhas como Robótica e Automação, Design e Fabricação Digital, Internet das coisas e Ciências Ambientais e Sustentabilidade.

Pela manhã, em Petrolina, a titular do MCTI inaugurou o Lab Maker da Escola Paulo Freire e, em seguida, participou do ato oficial de lançamento do programa no IFSertãoPE – Campus Petrolina, ao lado do reitor do Instituto, Jean Carlos Coelho; do prefeito anfitrião, Simão Durando; do prefeito de Juazeiro-BA, Andrei Gonçalves, entre outras autoridades. 

“Nosso plano é preparar jovens para esses mundo cada vez mais tecnológico e dinâmico. E, no governo do presidente Lula, estamos trabalhando para fazer crescer o país, com base nas nossas vocações, fortalecendo arranjos produtivos locais, e apostando no caminho do conhecimento, da inovação e da sustentabilidade. Esse desenvolvimento que estamos construindo no país com a Nova Indústria Brasil, amparado em bases tecnológicas, exige que a gente vá formando pessoas para esse novo tempo. E estamos fazendo isso”, ressaltou a ministra. 

O Mais Ciência na Escola atenderá quatro regiões de desenvolvimento do estado: Sertão do São Francisco (nos municípios de Petrolina, Afrânio, Lagoa Grande, Orocó, Parnamirim e Cabrobó), Sertão Central (Salgueiro, Cedro e São José do Belmonte), Sertão do Pajeú (Afogados da Ingazeira, Calumbi, Carnaíba, Flores, Quixaba, Tabira e Triunfo) e Sertão de Itaparica (Floresta, Jatobá, Carnaubeira da Penha, Itacuruba, Belém de São Francisco e Tacaratu). Das 75 escolas, 50 são municipais e 25 estaduais. Dessas, apenas uma instituição de ensino é somente de nível médio, com as demais contemplando o ensino fundamental. Ainda sobre as unidades selecionadas, 20 estão localizadas na zona rural, 5 são quilombolas e 8 são indígenas. 

Segundo o prefeito Andrei Gonçalves, o programa tem mostrado uma força gigantesca. “Ele está oportunizando bolsas, oferecendo experiências e, mais do que isso, proporcionando uma nova forma de enxergar o mundo — especialmente nesse cenário de transformações e avanços tecnológicos. E o mais incrível é que isso tudo ainda é só o início de uma grande história. Não tenho dúvida de que esse programa vai revolucionar o Brasil, ainda mais do que já está fazendo”.

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A política de ações afirmativas também se estende à seleção de bolsistas que atuarão nas atividades do programa: 65,8% são meninas e mulheres, e 50% são para pessoas de baixa renda. O Mais Ciência na Escola ainda vai contar com parcerias com diferentes atores regionais. Além das secretarias de educação municipais e estaduais, serão parceiras da ação instituições de ciência e tecnologia (ICTs) como a Universidade Federal Rural de Pernambuco, Unidade Acadêmica de Serra Talhada (UFRPE/UAST), a Universidade de Pernambuco (UPE), a Universidade do Vale do São Francisco (UNIVASF), a Faculdade de Ciências Humanas do Sertão Central (FACHUSC), o SEBRAE (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) e o SESI (Serviço Social da Indústria).

“Na lógica do programa Mais Ciência, quando a gente olha para o ensino fundamental, vemos algo muito significativo acontecendo. Hoje, já temos alunos do fundamental com currículo Lattes. E por que é importante falar do currículo Lattes? Porque ele simboliza que esses meninos e meninas, que ainda nem chegaram ao ensino médio, já estão tendo acesso à ciência. Podemos dizer, com orgulho, que hoje, no sertão, estamos formando pequenos pesquisadores desde o ensino fundamental até a graduação. E isso é algo muito importante”, comemorou o reitor Jean Carlos Coelho. 

O IFSertão foi selecionado através de chamada pública do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico. Com a aprovação da suplementação pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT), a segunda colocada na seleção, a Universidade de Pernambuco (UPE), será convocada em breve para receber o aporte de  R$ 7,5 milhões. Os recursos permitirão a implementação de mais 750 bolsas para estudantes e 75 para professores, ampliando o alcance da iniciativa.

Mais Ciência na Escola na Bahia

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Foto: Carlos Alberto/Vice-governadoria da Bahia

No período da tarde, a ministra seguiu para Juazeiro (BA), onde participou da inauguração do Lab Maker da Escola CODEFAS, expandindo a presença do programa na região do Vale do São Francisco. A iniciativa integra o esforço do governo federal para levar ciência, tecnologia e inovação a todas as regiões do país, com foco especial nos territórios mais vulneráveis.

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A ministra destacou a importância da atuação conjunta entre governo federal, estados e parlamentares na ampliação do programa. “Temos também construído um caminho para que os deputados possam ajudar a reforçar o programa, a partir das suas emendas, ampliando o número de escolas, estudantes e professores atendidos. Aqui em Pernambuco, por exemplo, vai ter emenda do deputado Renildo Calheiros, ampliando a rede de Labs Makers que vão oferecer letramento digital e educação científica de qualidade”, afirmou.

O evento também foi marcado por homenagens aos estudantes da rede pública.

 “Quero fazer um agradecimento especial porque representam não só o futuro, como o presente: a juventude, a força dos estudantes da nossa rede. Uma salva de palmas pros estudantes da Bahia e de Juazeiro. Aqui é um exemplo, ministra, de que, na parceria com o pacto federativo, com o presidente Lula e com o governador Jerônimo Rodrigues, na união e na reconstrução do país, encontramos um verdadeiro exemplo de esperança”, afirmou o vice-governador da Bahia, Geraldo Júnior, destacando o papel transformador da educação científica.

A ministra reforçou ainda o caráter pedagógico dos Laboratórios Maker, ressaltando a importância da metodologia “mão na massa” para o aprendizado. “Quando você tem um laboratório mão na massa, você aprende fazendo, tem contato com as novas tecnologias e com a revolução tecnológica que está acontecendo no mundo”, concluiu.

O programa

Instituído pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, por meio do Decreto 12.049/24, o Mais Ciência na Escola é fruto de uma ação conjunta entre o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação e o Ministério da Educação. A iniciativa visa disseminar o conhecimento científico e a educação digital na educação básica. As diretrizes e os objetivos do programa incluem o estímulo à educação científica e digital, a promoção da inclusão social, a valorização dos educadores, a equidade no acesso à educação e o incentivo ao desenvolvimento sustentável. com o objetivo de integrar o ensino científico ao cotidiano das escolas públicas, estimular vocações e garantir acesso democrático à ciência e à tecnologia.

11/07/2025 - Cerimônia de Lançamento do Programa Mais Ciência na Escola no Sertão Pernambucano e Inauguração do Lab Maker da Escola Paulo Freire – Petrolina

Fonte: Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação

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